terça-feira, 30 de novembro de 2010

Review - Episódio 1x05 "Wildfire"


Definitivamente, “The Walking Dead” é uma série intensa. Não só por apresentar algumas das seqüências mais sangrentas da TV, mas especialmente por explorar seus personagens até o limite. E foi exatamente o que Wildfire fez, e talvez por isso este tenha sido para mim, juntamente com o terceiro episódio (Tell It to the Frogs), os melhores da série até aqui. Episódios focados no desenvolvimento de personagens são muito mais interessantes que episódios cheios de ação e que pouco acrescentam à trama.

A limpeza no elenco ocorrida no episódio passado parece ter feito bem à série, pois, em Wildfire, todos tiveram seus minutinhos de tela, mostrando as repercussões do ataque para cada um deles. Especialmente para Andrea, que começou o episódio ainda abalada pela morte de Amy, não saindo de perto de seu corpo. Mas, no fundo, tudo o que ela queria era uma última chance para conversar com a irmã e se desculpar por todos os momentos em que falhou com ela – e aqui, mais uma vez, fica evidente a mágoa da personagem por não poder ter feito nada para impedir a morte dela. A cena em que Amy acorda como um zumbi e Andrea pede perdão a ela foi, ao mesmo tempo, assustadora e emocionante.

Além disso, o ataque motivou Rick a tirar o grupo do acampamento e ir para o CCD (Centro de Controle de Doenças), onde poderiam encontrar um abrigo seguro dos zumbis. E isso acaba colocando-o frente a Shane, que tem outros planos para os sobreviventes. Mas o ápice do conflito entre eles ocorre quando Shane aparenta sentir vontade de atirar em Rick. É óbvio que aquela história de achar que ele era um zumbi não colou, e Dale percebeu isso. De fato, Shane está se mostrando perturbado pelos eventos recentes, e isso fica bem claro em cenas como a em que espanca Ed e agora, ao tencionar atirar em Rick.

Outra trama do episódio foi a de Jim, que foi mordido por um zumbi. Foi interessante conhecer um pouco mais sobre a transformação, e sentir toda a lenta degradação de um infectado. Jim nem era um dos meus personagens preferidos, mas o ótimo trabalho de roteiro e direção me fizeram sentir todo o sofrimento dele. Vale mencionar também a cena em que Carol acerta a cabeça do falecido Ed com uma picareta, na tentativa de extravasar toda a raiva que sentia pelo violento e estúpido marido.

Wildfire também nos apresentou um novo personagem, o misterioso Dr. Jenner, um cientista que conduz experimentos aparentemente na tentativa de encontrar uma cura para o vírus zumbi. E, no final, uma das cenas mais tensas do episódio: a tentativa de Rick de entrar no CCD, enquanto o resto do grupo tentava desesperadamente convencê-lo a voltar, pois não havia ninguém ali. A cena foi realmente forte, deu para sentir o desespero dos personagens diante daquela situação, e nos questionamos se Jenner ia abrir ou não a porta. E ele abriu. Não sei por que, mas estou muito desconfiado desse doutor, ele parece estar tramando alguma coisa – e quer usar o grupo para conseguir colocar seu plano em prática. Mas agora, só saberemos as reais intenções dele no próximo episódio, o grande season finale de “The Walking Dead”!

Morte de zumbi da semana:

Ver Amy morrer pela primeira vez (na HQ) foi normal, afinal ela nem era muito interessante. Ver ela morrer pela segunda vez (agora na série) foi doloroso. Mas ver ela morrer pela terceira vez (agora como um zumbi) foi simplesmente um dos momentos mais perturbadores e ao mesmo tempo emocionantes de "The Walking Dead". Sem palavras...

2 comentários:

Dudu_congonhas disse...

ótimo o episodio, tenso, e a morte do zumbi da semana a Amy, claro. Qto ao Dr. Jenner fiquei com a mesma impressao. E acho q a cobaia do TS-19 era alguém próximo a ele. É pena que são so 6 episodios, e tomara que as proximas temporadas nao siga os mesmos passos de Lost. Abraços e parabens pelo Blog.

Caio Falcão disse...

Dudu, obrigado pelos elogios... E eu quase me esqueci da "morte de zumbi da semana". Valeu por ter lembrado... rsrsrsrsrs

Abraços!